Como funciona o transporte de combustíveis no Brasil?

A logística do mercado de derivados de petróleo exige muito planejamento e atenção especial com o transporte de combustíveis, principalmente por se tratar de uma carga perigosa. Nesta matéria, nós compartilhamos com você as principais informações sobre a dinâmica de distribuição desses produtos no Brasil.

Por dentro da história das distribuidoras de combustíveis

O mercado de combustível no Brasil foi, por muito tempo, dominado pelos oligopólios do setor. Toda a distribuição de fontes energéticas derivadas do petróleo era concentrada. Esse cenário passou a se transformar a partir da década de 1990, quando houve uma mudança na legislação com o intuito de flexibilizar o serviço e torná-lo mais competitivo.

Foi nesse período de abertura do mercado que os donos de postos e os consumidores puderam contar com a oferta de combustíveis vinda de novas empresas. As distribuidoras de energia automotiva criadas naquela década, como a Ruff, foram responsáveis por dar ampliar a logística de combustíveis no Brasil.

A transformação no segmento de armazenamento e distribuição de fontes de energia veio acompanhada pela criação de leis específicas para estabelecer regras para a comercialização desse tipo de produto. A Lei do Petróleo, juntamente com a instituição da Agência Nacional do Petróleo (ANP), regulamenta o mercado de combustíveis, incluindo a disposição de normas sobre a qualidade dos produtos comercializados pelas distribuidoras e pelos postos. Além disso, define algumas regras ligadas aos modais de transporte.  

Panorama sobre transporte de combustíveis no Brasil

Você sabe como os combustíveis líquidos são transportados no Brasil a fim de abastecer postos e empresas? Se a sua resposta foi por meio terrestre, com a utilização de caminhões e carretas, você acertou! Embora esse seja o modal mais comum e mais explorado, a logística dos combustíveis também é atendida pelas ferrovias, hidrovias e dutovias (transporte realizado por meio de tubos, como os gasodutos e oleodutos).  

A título de curiosidade, em outros países, como nos Estados Unidos, menos de 50% do transporte de combustíveis é feito por rodovias. Na Rússia, a logística dos derivados de petróleo é dominada pelo descolamento ferroviário e dutoviário, sendo apenas 4% do transporte realizado por meio de caminhões.

A maior parte da demanda por combustíveis no Brasil é proveniente das regiões Sul e Sudeste. São nessas duas áreas onde encontramos as principais dutovias do país: o Oleoduto Osbra, que liga São Paulo a Brasília; o Oleoduto Opasc, que conecta os estados do Paraná e Santa Catarina; e o Etanolduto Ribeirão Preto-Paulínia. Este último é responsável por interligar as bases da Ruff, ou seja, os produtos da nossa distribuidora vêm diretamente dos tanques e dos dutos da refinaria, aumentando a eficiência de toda operação. Isso inclui menor tempo de ressuprimento e menores custos logísticos.

Em relação às ferrovias, uma das mais importantes para a distribuição de combustíveis é a de Centro-Atlântica (FCA), localizada em Minas Gerais. Outra ferrovia muito utilizada e estratégica é a ALL Malha Paulista, que vai de Paulínia-SP em direção à Região Centro-Oeste. Não podemos nos esquecer ainda da ALL Malha Sul, responsável por conectar o estado do Paraná ao Rio Grande do Sul.

Cuidados no transporte rodoviário

O transporte de combustíveis deve seguir uma série de regras determinadas pela legislação específica. Os cuidados são necessários porque os derivados de petróleo utilizados como fonte de energia são classificados como produtos perigosos.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os produtos perigosos são aqueles que podem oferecer algum risco ao meio ambiente ou à saúde e segurança das pessoas. Quando estão sendo deslocados, os combustíveis também recebem o status de carga perigosa.

A logística de todos materiais inflamáveis, radioativos e corrosivos necessitam atender normas de segurança para evitar danos à natureza e à sociedade. Os motoristas, por exemplo, devem ter uma certificação especial que os habilitem a transportar esse tipo de carga. Para isso, eles são obrigados a fazer o curso de Movimentação e Operação de Produtos Perigosos (MOPP).

É dever das distribuidoras de combustíveis, e de qualquer transportadora de cargas perigosas, ter o Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CIPP) e o Cerificado de Inspeção Veicular (CIV). As operações de deslocamento de energia automotiva ainda requer o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras (CTF-APP), documento exigido pelo IBAMA.

Além da documentação e certificações específicas, de modo geral, o transporte de combustíveis deve fornecer informações sobre as adequações do caminhão com base no que determina a lei. Clique aqui para conhecer mais detalhes sobre a resolução da ANTT a respeito do transporte rodoviário de produtos perigosos

Ah, vale lembrar ainda que os caminhões e carretas carregadas com combustíveis devem ser equipadas com sinalizações especiais, como as placas indicando tratar-se de uma carga inflamável, e instrumentos para situações de emergência. Para o motoristas, deve ser disponibilizado um kit de Equipamentos de Proteção Individual, fundamental para assegurar a segurança dele em casos de acidentes ou panes no veículo. 

A Ruff segue essas e demais normas relacionadas ao transporte de combustíveis para garantir que os nossos produtos cheguem até os clientes e consumidores de forma segura, sem oferecer qualquer tipo de risco aos nossos motoristas, à natureza e à população em geral.

Você tem alguma dúvida sobre o funcionamento do transporte de combustíveis? Deixe a sua pergunta nos comentários. Não se esqueça de compartilhar esta matéria nas redes sociais. 

 

2019-06-17T18:13:59-03:0026 de setembro de 2018|Mercado de Combustíveis|
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