Combustível alternativo: energia nuclear, grama, e água salgada. Será que dá certo?

Você sabia que são necessários pelo menos dez milhões de anos para se ter petróleo bruto? Esse é o tempo mínimo para que os restos fossilizados de animais e plantas marinhas produzam esse recurso tão valioso em nosso mundo, cujo consumo é muito mais rápido do que sua produção. Segundo o Bradesco BBI, a produção doméstica de petróleo no Brasil poderá alcançar 4,9 milhões de barris por dia até 2020. E, de acordo com a Energy Information Administration, em 2006 esse consumo já era de 20,6 milhões de barris diários nos EUA.

Diante de tais números, é impossível não se preocupar. Já não é de hoje que pesquisadores buscam formas alternativas de combustível, movimento desencadeado desde a crise do petróleo na década de 70. De lá para cá, muitas possibilidades, algumas bastante curiosas, foram apresentadas, e é sobre elas que vamos falar hoje.

Uma dessas fontes é a energia nuclear, que já teve até um carro criado para se movimentar com ela. É o Ford Nucleon, automóvel-conceito com uma cápsula de energia em sua traseira capaz de percorrer 8.000 km sem recarregar. Apesar de parecer improvável, essa possibilidade é viável, visto que a energia nuclear, se utilizada corretamente, é segura, limpa, e de fácil acesso. No entanto, por se tratar de uma fonte radioativa, o carro precisaria de muita proteção e, além de se tornar extremamente pesado, seria perigoso para as pessoas a sua volta, principalmente em caso de acidentes.

Mas, menos complexa e mais interessante é a opção de abastecer seu carro com grama. Trata-se da switchgrass, uma espécie que cresce rapidamente em planícies dos Estados Unidos, Canadá, América Central, América do Sul e em partes da África. Essa forma de biocombustível dá origem ao etanol celulósico, que, após passar por um processo de refinamento, pode ser utilizado como combustível. A switchgrass é rica em celulose e, por isso, é uma ótima fonte de etanol. O problema é que o processo de extração não é tão simples e ainda demanda pesquisa, além de ter um alto custo.

Por fim, o mais inusitado seria imaginar dirigir seu carro à água. Isso foi proposto por John Kanzius, um engenheiro que estava buscando uma cura para o câncer e, sem querer, acabou descobrindo uma forma de dessalinizar a água do mar com um gerador de radiofrequência. Nesse processo, também percebeu que a reação produzia faíscas, levando-o a tentar uma forma de gerar energia. Porém, após o feito ser analisado por pesquisadores, o projeto foi dado como ciência inútil, pois a quantidade de energia que saía da chama da água salgada não pode ser considerada como fonte de potência, sendo apenas uma manifestação da energia concentrada em menor quantidade em um local.

Com isso, levamos a nos questionar, será que a humanidade será capaz de criar uma fonte de combustível tão promissora quanto o petróleo? Esse recurso está se esgotando e outras possibilidades, como vimos, não vingaram. O petróleo ainda é, e será, cada vez mais usado. Como substituí-lo? Conte-nos o que você acha!

      
Com informações de “comotudofunciona” do site UOL.
2012-01-17T00:00:00-02:0017 de janeiro de 2012|Dicas e Cuidados|
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